Aleatoriedades: Por um único singelo momento tudo para

em 19/09/2016

Já faz algum tempo, postei uma foto no insta dizendo o quanto sentia falta de quem eu era antigamente, muitos comentaram para voltar ao que era antes, se aquilo me fazia feliz. Fiquei me perguntado semanas sobre isso, mas como assim? Estamos em constante mudança e existem fases que não voltam mais. Aquele período da minha vida era extremamente feliz, principalmente pelos amigos que faziam parte dos meus dias. Acontece que sem que possamos controlar, cada um segue sua vida, sai em busca de seus sonhos e a gente se distancia. Podemos prometer que a amizade nunca mudará, mas querendo ou não, acabamos mudando e com isso os jovenzinhos rebeldes, goodvibes da adolescência já não são mais tão tranquilos, já tem uma vida adulta para levar, contas a pagar, família para cuidar, casa, faculdade, carro e tudo. Que fique claro, isso é só uma reflexão, o fato de amar quem eu era, não significa que não sou feliz com o que me tornei. Apenas os problemas de hoje se tornaram maiores que os daquela época.


Essa semana, revirando as minhas coisas, achei um texto dessa minha época de libertinagem. Eu adorava copiar textos que as vezes me enxergava como personagem principal nessas histórias e hoje resolvi compartilhar com vocês, um texto de autor desconhecido, sem muito sofisticação, mas significa muito pra mim pelas lembranças que trás. :)

"Acho que ela não me deixaria ficar se soubesse das minhas intenções mais íntimas. A sua insegurança pode ser tanto o motivo pelo qual é tão cautelosa quanto a linha tênue que separa o seu cuidado do medo. E o seu medo devora lentamente cada uma das suas entranhas e repuxa seus lábios num sorriso sádico e tranca a casa com cadeado, aviso formal de despejo para ninguém ousar chegar perto. Doutor, essa moça tem apatia amorosa. Ou ela finge tão bem que não quer ninguém que a gente acredita. Oscar pra ela! Ela tropeça desajeitada o tempo todo. Cai de amores pra lá e pra cá, mas levanta rápido, confere os arranhões e o que der pra cobrir com o casaco ela cobre. Sai andando no meio da multidão como se nada tivesse acontecido. E quando perguntam como foi seu dia, ela diz que foi bom. Bom é uma boa resposta pra ela. Evita perguntas inconvenientes e fofoqueiros de plantão. Evita que a fobia social se desenvolva mais ainda e ela começa a tropeçar nos próprios cadarços. Que diga-se de passagem, ela não sabe amarrar direito. Ah, doutor, mas ontem à noite ela deitou no meu divã. Aconchegou no meu peito e tremia toda. Pediu pra ver um filme de terror e escolheu um romance qualquer. Enroscou as pernas algumas boas vezes e deixou pra lá as tentativas de ter a sensualidade de alguma stripper de filme americano. Ela não era boa em dar continuidade nas coisas, nunca terminava o que começava. Ô doutor, será que vou conseguir para de analisar essa menina?"

Se souberem de quem é esse texto, me avisem nos comentários. Grande beijo, com carinho, Fran.

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Um comentário , comente também!

  1. Eu confesso que às vezes sinto falta do tempo que passou, mas é aquilo: A vida continua, como você mesma disse.
    Gostei desse texto de autor desconhecido :3

    www.vestindoideias.com

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