Resenha: O sorriso de Mona Lisa

em 05/08/2015

Olá meninas e meninos! Hoje acordei piegas, clichê e nostálgica. Hehe
Eu sei, eu sei é demais para uma quarta, então resolvi compartilhar com vocês uma lembrança que me venho a memória.

Quando estudava a 6º série do ensino fundamental, lembro que na ausência da professora a pessoa que a substitui nos passou um filme. O filme chamava-se O Sorriso de Mona Lisa, ao terminar de assisti-lo eu sinceramente o adorei e hoje me deu uma vontadezinha de falar dele.



Sinopse do filme: Katherine Watson (Julia Roberts), em 1953 chega à escola mais conservadora dos Estados Unidos, para dar aula de história da arte. A escola em si é tão conservadora que aulas de oratória, elocução, postura, como cruzar as pernas fazem parte das disciplinas. Katherine incomodada com o tradicionalismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha decide lutar contra as normas.


O filme é interessante pela maneira que trata o conservadorismo e nos mostra como era a vida da mulher nos anos 50. No qual a mulher poderia estar frequentando um ensino superior, poderia ter a melhor nota, mas a partir do momento que concluísse sua formação ela deveria ser responsável exclusivamente aos cuidados com seu marido e filhos.


Isso me faz pensar muito no conservadorismo que envolve a arte. Ou seja, quem decide o que é arte? O que de fato é considerado brilhante? Presente no filme, existe à discussão sobre a obra "Carcaça", de Soutine (1925), dentro os questionamentos existem: "É bom?" "Não, nem diria que é arte. É grotesco." "Arte não pode ser grotesca?" "Se sugere que isso é arte, o que iremos aprender?" 

E a obra de Monalisa "Monalisa sorri no quadro de Da Vinci. Mas está feliz? Ela parece feliz, então o que importa?". E o que há por trás do sorriso de cada mulher do filme?

As ideias que giravam nos anos 50 eram relativas à grande felicidade de ser uma mulher casada e cuidar do marido e dos filhos. Hoje talvez seja fácil que critiquemos isso tudo. Mas, você mulher moderna, já se imaginou naquele contexto? Afinal, somos produtos do meio. Reproduzimos costumes e padrões de comportamento. E demorou até que alguém começasse a questionar essa "verdade".

Em certo momento do filme, Katherine diz às alunas: "Eu não sabia que exigindo excelência eu estaria desafiando os papéis para os quais vocês nasceram". "Vamos abrir nossas mentes para ideias novas". E explicita, assim, uma das principais funções do professor de toda e qualquer área: fazer o aluno pensar sobre sua época. Questioná-la.

"O sorriso de Monalisa" coloca em questão nosso papel na sociedade de ontem e nos faz refletir sobre o hoje. A subversividade, hoje em dia, pode ter o significado transformado pelo novo contexto. Mas fugir do padrão continua sendo um choque pra muita gente. A linha reta é confortável e evita riscos, mas será que vale a pena?

Essa questão fica para vocês, mas o que indico e que vale a pena é assistir o filme. Hehe

Espero que tenham gostado! Beijos, Fran.

6 comentários , comente também!

  1. Esse filme é tão lindo. O roteiro, a fotografia, o elenco tudo muito bem construído. Sem contar que o tema central é muito bem trabalhado também. Realmente, fazer aquilo que é imposto e que, ao mesmo tempo, te limita enquanto ser humano por conta de um estereótipo socialmente construído é algo que fica para nossa geração mudar. As pessoas devem ser livres para fazer suas escolhas e ser aquilo que já são em essência.
    Gostei muito do seu blog. Parabéns, seu conteúdo é muito bom.

    Até o próximo post
    Blog da Also

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    1. Oi Andressa! Fico feliz que tenha gostado, esse filme realmente marcou aquele período da minha vida. :)

      Obrigada pela visita!
      Beijos, Fran.

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  2. Adoro esse filme, assisti há um tempo e virou um dos meus preferidos na vida.

    Beijos
    http://pimentasdeacucar.blogspot.com.br/

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  3. Já vi o filme e gostei imenso. Aliás, gosto de todos os filmes que explorem a emancipação da mulher!

    Isa,
    http://isamirtilo.blogspot.pt/

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    1. Isa, é exatamente isso que gosto no filme.

      Obrigada pela visita.
      Beijos, Fran.

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